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Não fosse isso e era menos / não fosse tanto e era quase. O título do livro de Paulo Leminski anuncia ao leitor a instigante viagem por seus hai-kais e poemas arrebatadores. No sábado, dia 14 de dezembro de 2019, a soprano Doriana Mendes e o violonista Marco Lima apresentaram a peça Não fosse isso…, para canto e violão, de Pauxy Gentil-Nunes, baseada em cinco poemas curtos do livro de Leminski. 

A peça é uma transcrição de uma obra original para sexteto (soprano, flauta, saxofones soprano e tenor, guitarra elétrica, percussão múltipla e eletrônica), composta para o Abstrai Ensemble e estreada em 2014, no MUAC – Museu Universitario de Arte Contemporanea, cidade do Mexico, pelo próprio Abstrai Ensemble, na serie Musica en Mexico

Doriana e Marco fizeram a estreia da versão para canto e violão, que conta com três números (dos sete originais) – Barro, La Lucha e Cortina.

O concerto contou também com peças para canto e violão dos outros compositores do Prelúdio 21 – Alexandre Schubert, Caio Senna, José Orlando Alves, Neder Nassaro, Marcos Vieira Lucas.

Prelúdio 21 - Música do Presente
Duo Doriana Mendes e Marco Lima - canto e violão 
Seis obras contemporâneas brasileiras (Alexandre Schubert, 
Caio Senna, José Orlando Alves, Neder Nassaro,
Marcos Lucas, Pauxy Gentil-Nunes
14 de dezembro - 15 horas
Teatro do Centro Cultural da Justiça Federal 
Av. Rio Branco, 241 – Centro (Cinelândia) - Rio de Janeiro
Entrada Franca

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No dia 30 de novembro, às 15 horas, o Duo Santoro fez a estreia da peça Três Canções, para duo de violoncelos. A peça tem três movimentos – Ostinato, Modinha-Cânon e Macacoari e é dedicada a Paulo e Ricardo Santoro.

O evento faz parte da série Prelúdio 21 – Música do Presente e incluiu também obras dos outros membros do grupo de compositores – Alexandre Schubert, Caio Senna, José Orlando Alves, Neder Nassaro e Marcos Lucas. O duo homenageia o compositor Sérgio Roberto Oliveira, um dos fundadores do grupo, e que teve sua passagem em 2017, com a inclusão de uma obra sua.

Prelúdio 21 - Música do Presente - Duo Santoro
Paulo Santoro e Ricardo Santoro - violoncelos
7 obras contemporâneas brasileiras (Alexandre Schubert, 
Caio Senna, José Orlando Alves, Neder Nassaro, 
Marcos Lucas, Pauxy Gentil-Nunes e 
Sérgio Roberto de Oliveira)
30 de novembro - 15 horas
Teatro do Centro Cultural da Justiça Federal 
Av. Rio Branco, 241 – Centro (Cinelândia) - Rio de Janeiro
Entrada Franca

No dia 28 de setembro, às 15 horas, o Trio Ágora, formado por Ayran Nicodemo, Thalita Vieira (violino) e Ana Luíza Lopes (viola), fez a estreia de minha peça “Três Miniaturas”, para trio de cordas, no concerto da série Prelúdio 21 – Música do Presente. 

Trio Ágora

Para compor “Três Miniaturas” usei um recurso poético chamado “Particionamento Instrumental”, que é uma formalização das técnicas instrumentais relacionadas à textura, desenvolvida por Bernardo Ramos, Pedro Miguel Moraes e por mim em alguns trabalhos recentes.

O concerto contou com obras de todos os membros do grupo Prelúdio 21 – Alexandre Schubert, Caio Senna, José Orlando Alves, Neder Nassaro, Marcos Lucas e Pauxy Gentil-Nunes.

Prelúdio 21 - Música do Presente - Trio Ágora
Ayran Nicodemo, Thalita Vieira (violino) e Ana Luíza Lopes (viola)
Seis estreias de obras contemporâneas brasileiras (Alexandre Schubert, Caio Senna, José Orlando Alves, Neder Nassaro, Marcos Lucas, Pauxy Gentil-Nunes)
28 de setembro  - 15 horas
Teatro do Centro Cultural da Justiça Federal 
Av. Rio Branco, 241 – Centro (Cinelândia) - Rio de Janeiro
Entrada Franca

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No último dia 31 de agosto de 2019, o Prelúdio 21 recebeu o violonista Fabio Adour para o seu recital de agosto.

Fabio Adour é um dos mais importantes violonistas brasileiros, pela sua impressionante desenvoltura técnica e o seu envolvimento com repertório inovador e desafiador.

Fabio Adour e Prelúdio 21

O concerto do Prelúdio 21 contou com obras de seus seis integrantes – Alexandre Schubert, Caio Senna, José Orlando Alves, Marcos Vieira Lucas e Neder Nassaro.

O repertório me impressionou (não conhecia todas as peças) e foi aventado de fazermos um CD com as obras, inclusive do compositor já falecido, Sérgio Roberto de Oliveira, que foi homenageado com a execução da obra “Madureira”.

Minha obra, Tocata (2011), foi tocada pela primeira vez pelas mãos desse brilhante intérprete amigo e colega no ABSTRAI Ensemble, no grupo de pesquisa Performance Hoje e na Graduação e Pós-Graduação da UFRJ (PPGM-UFRJ). Foi um momento especial, pois a execução foi brilhante e extremamente musical. Tocata já foi tocada com perfeição por vários intérpretes, mas foi uma satisfação muito grande ver o intérprete de Suarabácti, minha outra peça para violão, dar a mesma vida e impulso para essa obra mais recente.

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No próximo sábado, dia 10 de agosto, irei fazer, junto com o meu amigo pessoal, o trompista Sávio Faber, a estreia de Ika, para trompa e eletrônica.

O concerto faz parte da série Preludio 21 – Música do Presente, e terá a estreia de mais cinco peças, totalizando a autoria dos compositores do grupo – Alexandre Schubert, Caio Senna, José Orlando Alves, Neder Nassaro e Marcos Lucas, todas para trompa solo ou com acompanhamentos.

Ika é o nome da flauta sagrada mais importante da cultura Bororo, povo ameríndio que atualmente ocupa reservas no norte do Mato Grosso. A cultura Bororo têm vários gêneros musicais e uma rica gama de instrumentos. Estive lá há alguns anos, a convite do meu amigo e compositor Roberto Victorio, para aprender a tocar as flautas Bororo com o mestre de canto, Helinho, e fiquei muito impressionado com toda a experiência, tanto musical quanto pessoal. Depois disso, fui o primeiro branco a apresentar a flauta sagrada fora da tribo, na peça magistral de Roberto Victorio, Trilogia Bororo, que integra instrumentos de várias etnias, instrumentos de concerto e a eletrônica.

No momento em que a existência dos povos originários da América do Sul encontra-se ameaçada, Ika acabou por tornar-se, de forma não intencional, em um canto de lamento e guerra contra as forças insanas de destruição que tomaram conta do mundo neste momento.

Prelúdio 21 - Música do Presente - Savio Faber, trompa
Seis estreias de obras contemporâneas brasileiras (Alexandre Schubert, Caio Senna, José Orlando Alves, Neder Nassaro, Marcos Lucas, Pauxy Gentil-Nunes)
10 de agosto - 15 horas
Teatro do Centro Cultural da Justiça Federal 
Av. Rio Branco, 241 – Centro (Cinelândia) - Rio de Janeiro
Entrada Franca